
Você já ouviu falar sobre Vacina de Alergia?
Pois bem, a famosa vacina se chama Imunoterapia Alérgeno Específica.
Mas afinal, o que é Imunoterapia?
A Imunoterapia é a indução de imunotolerância ao alérgeno que te causa alergia.
Este tratamento tem como objetivo diminuir a intensidade e a frequência de crises alérgicas. Ocorre diminuição de sintomas, a médio e longo prazo, ou até mesmo remissão de crises.
Como funciona a Imunoterapia?
A Imunoterapia alérgeno específica é a aplicação de forma programada e progressiva de extrato do alérgeno que causa alergia.
A longo prazo, a exposição programada ao alérgeno faz o seu corpo produzir uma proteína imunorreguladora chamada IgG4 específica e diminuir a IgE específica.
Esta proteína ajuda a diminuir o processo inflamatório da resposta alérgica.
Para quem é indicado este tratamento?
Para quem tem Asma Alérgica, Rinite alérgica, Conjuntivite Alérgica ou Rinoconjuntivite Alérgica com sensibilização ao alérgeno.

Quanto tempo dura o tratamento com Imunoterapia?
O tratamento tem duração de 24 a 48 meses, dependendo do tipo de imunoterapia e do protocolo utilizado.
Este período é dividido basicamente em duas etapas. A fase de indução, que consiste em aplicações de doses diluídas e crescentes do extrato de alérgeno até se atingir determinada dose. A partir daí, tem início a fase da “dose alvo”, onde a dose máxima atingida na primeira etapa é administrada até o fim do tratamento.
Como é a administração da Vacina?
A imunoterapia, no Brasil, pode ser aplicada por via sublingual ou via subcutânea.

Existem contraindicações para uso da Imunoterapia?
As principais contraindicações são Asma Grave ou não controlada, uso de betabloqueador, neoplasia maligna (câncer) , imunodeficiências e doenças autoimunes.
Quais os benefícios e resultados da Imunoterapia?
Dentre os benefícios da Imunoterapia Alérgeno Específica podemos citar:
- Estímulo imunológico para aquisição de tolerância ao que você é alérgico;
- Redução de sintomas em intensidade e recorrência, ou até mesmo remissão dos mesmos;
- Melhora na qualidade de vida e qualidade do sono;
Necessidade cada vez menor de uso de medicações profiláticas e para uso nas crises; - O tempo de indução de tolerância dura anos. Eventualmente, após 10- 15 anos, é indicado um “booster” de reforço por alguns meses.

A vacina sublingual tem a mesma eficácia do que as injetáveis no tratamento das doenças alérgicas?
As vacinas sublinguais em gotas ou em comprimidos são tão eficazes quanto as injetáveis e mais seguras por causarem menos reações.
A vacina sublingual tem a mesma eficácia do que as injetáveis no tratamento das doenças alérgicas?
As vacinas sublinguais em gotas ou em comprimidos são tão eficazes quanto as injetáveis e mais seguras por causarem menos reações.
A vantagem sobre as injetáveis está no conforto e por permitirem ser administradas em domicílio, não havendo necessidade de deslocamento ao consultório médico como as injetáveis requerem. São eficazes no tratamento de alergia a pólens, aos ácaros da poeira domiciliar, e epitélio de animais.
Quais os riscos e reações adversas?
A imunoterapia específica (vacinas para alergia) é um procedimento bastante seguro.
Contudo, existe o risco de ocorrência de reações locais e sistêmicas.
Na imunoterapia subcutânea, o risco de reações locais é estimado na faixa de 0,7% a 4% das aplicações e o de reações sistêmicas entre 0,06% e 1%. As reações sistêmicas podem variar de sintomas leves localizados em um órgão/sistema (exs: urticária, rinite ou conjuntivite); moderadas, que acometem mais de um órgão/sistema, tais como crise de asma e sintomas gastrintestinais, a graves, destacando-se o edema de glote e choque anafilático.
As reações sistêmicas graves são extremamente raras, estimadas em uma por um milhão de aplicações.
Os eventos adversos relacionados à imunoterapia sublingual incluem as reações locais na mucosa oral, reações moderadas (sintomas gastrintestinais, rinite e urticária) e reações sistêmicas (ex. asma, anafilaxia).
A frequência global de reações à imunoterapia sublingual é estimada em 2,7 por 1.000 doses, sendo que a frequência de reações sistêmicas é de 0,05%.
As medidas recomendadas para a redução do risco de reações adversas sistêmicas incluem a avaliação do paciente antes de cada troca de concentração, não aplicar a vacina durante crises alérgicas intensas e em vigência de quadros infecciosos.