
Se você ou alguém da sua família tem asma, é provável que já tenha ouvido frases como:
“Não use a bombinha sempre, senão você vai ficar viciado!”
“Quanto mais usa, mais vai precisar!”
“Meu primo usou e nunca mais conseguiu largar!”
Mas será que a bombinha para asma realmente causa dependência?
Vamos esclarecer esse mito de uma vez por todas.
O Que É a Bombinha para Asma?
A bombinha é um dispositivo que administra medicamentos inalatórios, ajudando a manter as vias aéreas pérvias e permitindo que a pessoa respire melhor.
Existem três tipos principais de bombinhas:
- Broncodilatadores de alívio (ex.: salbutamol), que são usados durante crises, para aliviar a falta de ar rapidamente.
- Corticoides inalatórios de controle (ex.: budesonida), que são usados diariamente para tratar o processo inflamatório silencioso e prevenir crises.
- Associação de broncodilatador de longa duração + corticóide inalatório de controlo (ex: formoterol+budesonida), que são usados para prevenção e também para controle das crises.

Mas então as bombinhas viciam?
NÃO! A bombinha NÃO causa dependência química ou vício. O que acontece é que algumas pessoas precisam usá-la com frequência porque sua asma não está bem controlada. Ou seja, não é a bombinha que cria dependência, mas sim a falta de controle da doença que faz com que a pessoa precise dela com mais frequência.
É como um analgésico para dor de cabeça: se você sente dor constantemente, o problema não é o remédio, mas sim a causa da dor. O mesmo vale para a asma.
Qual o perigo que se corre ao evitar a Bombinha?
Muitas pessoas deixam de usar a bombinha por medo de dependência e acabam enfrentando problemas graves, como:- Crises mais frequentes e graves;
- Dificuldade para respirar, o que prejudica o sono, o trabalho e o lazer;
- Inflamação persistente nos pulmões, que pode levar a complicações a longo prazo;
- Internações e até risco de morte por crise asmática grave de difícil controle.

Como Usar a Bombinha Corretamente?
Se for um medicamento de alívio (como o salbutamol), use apenas quando necessário, conforme a recomendação médica
Se for um medicamento de controle (como os corticoides inalatórios), use diariamente, mesmo sem sintomas, para prevenir crises.
Sempre use o espaçador para garantir que o medicamento atinja os pulmões corretamente.
Se precisar da bombinha de alívio mais de 2 vezes por semana, sua asma pode estar descontrolada – converse com seu médico!
Conclusão: A Bombinha É Aliada, Não Vilã!
Testes de Alergia
- Teste cutâneo (prick test): Consiste na aplicação de pequenas quantidades do alérgeno na pele, verificando a reação local (pápula).
- Dosagem de IgE específica: Exame de sangue que identifica anticorpos específicos contra as proteínas do camarão e frutos do mar.
Teste de Provocação Oral: Realizado em ambiente hospitalar e supervisionado, este teste confirma o diagnóstico, caso necessário.

A ideia de que a bombinha para asma causa dependência é um mito que pode colocar vidas em risco. Usá-la corretamente melhora a qualidade de vida e evita crises graves.
Se você ainda tem dúvidas ou sente que está precisando da bombinha com muita frequência, procure um médico especialista para ajustar seu tratamento.